Nestes dias, quando o pombo negro transita da outra janela até a minha, só mesmo os meus bondosos ancestrais acreditariam em mim. E eu me pergunto como pude deixar passar tantas coisas. Tantos presságios de algo importante que estaria por vir... Sempre tão esperta, como você me diria. E ao mesmo tempo tão ingênua. Porra, Mariane, onde você escondeu suas canetas? Tudo como você me diria.
Eu, G., tal qual o mito, vivo suspensa entre os observadores. Sou uma verdade não generalizada, uma fraqueza antes da afirmação.
Mas venha, tomemos um pouco do tempo, sem cautelas, por favor, sem mais pudores.
Os mitos são belos, encantadoras obras de arte, mas ninguém confiaria sua vida a eles. Essa é a minha ferida, G.
Minha dor é que nunca poderei ser eu a sua religião.
Mariane Cardoso
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